Pages

A Princesa e o Tigre

Era uma vez uma princesa que se apaixonou por um plebeu. As escondidas, os dois se viam todos os dias...

Liberdade do Cão!

Liberdade é o direito de fazer tudo aquilo que as leis permitem (Carles de Montesquie)

Agulha e linha

Chorre de rir ao ler o relato de uma desgraça alheia (a minha)! "Eu que nem absorvente carrego capaz de carregar agulha e linha... do jeito que Murphy rege a minha vida ia servir apenas pra furar minha mão quando fosse pegar algo na bolsa..."

A Verdade Nua e Crua

Você é bom de sexo? Leia antes de responder!

twitterfacebookgoogle pluslinkedinemail

domingo, 13 de abril de 2014

Dia do beijo


Leia de onde veio essa tradição de beijar: Boa Tradição não se perde Se Repete!!

quarta-feira, 19 de fevereiro de 2014

Cotidiano Selvagem: A conquista do ônibus

Imagine a cidade como uma selva e você como o predador... sua presa? O ônibus... você tem que ser rápido, esperto e eficaz para dominá-lo. Sua primeira batalha: entrar no ônibus (depois de correr 10 quarteirões para pegá-lo), depois vem a obtenção do lugar (que se não for sentado que seja pelo menos em algum estratégico onde você seja menos perturbado) e por fim (dependendo do horário) vem a luta para desembarcar no ponto certo e com todas as partes do corpo no lugar (inclusive a dignidade).


Acho que está pra nascer coisa que ensina mais do que o hábito de depender do transporte público. Com ele se aprende inúmeras coisas distintas, como o valor do suor (correr pra pegar o ônibus); lidar com a decepção (perder seu ônibus por 10 segundos de atraso – que nem foi culpa sua); o valor do imprevisto (conseguir um lugar as 7h da manhã); a tolerância (gente que dorme no seu ombro ou aquela tia que acham que é sua amiga e desaba a vida); a importância da higiene pessoal (esse nem precisa nem explicar, néh); a paciência (com linhas que não cumprem horário e pessoas mal educadas) e por aí vai... 


Quem pega ‘coletivo’ todo dia sabe que existe uma norma de conduta não impressa ou assinada, mas que você concorda com os termos sem pestanejar no momento que cogita sair em caça ao seu transporte. Por exemplo: é absolutamente normal proteger o usuário do seu possível-futuro lugar - você cerca com os braços sua área de interesse, olha e rosna para qualquer um que tentar roubar mesmo meio milésimo do seu espaço e impede que outras pessoas (ou coisas) caiam em cima do ‘guardador’ do seu assento (leva todas as pancadas em prol do bem maior...) e com um pouquinho de sorte espera que aquela pessoa (que até então esquentou o lugar pra você) desça antes de você. Aí é a hora de bater no peito e gritar:

Pode gritar cara, você merece!

Outra coisa que só o transporte coletivo oferece em doses cavalares é o tempo para observar pessoas e hábitos dos mais diversos (tá... ajuda a passar o tempo também). Ao mesmo tempo que temos quem mereça o seu assento, tem aqueles que merecem ser jogados pela janela. De todo tipo de gente (a brega, o funkeiro, a tia das latinhas, a mãe com bebê chorão, o menino doente que vomita o ônibus todo, os estudantes com suas imensas mochilas de camping, o tio do jornal que te ajuda a ficar informado, as miguxas que te deixam por dentro do babado etc.) nada me impressiona e irrita mais que aquele ser estranho sem noção, que foge de toda lógica ou senso (aposto que você lembrou de algo ou alguém!). E aí cada um vai ter um exemplo mais bizarro que outro: teve quem tentasse me ensinar latim no ônibus, ou o cara que jurou ser amigo pessoal do Aécio Neves em um ônibus vermelhão indo pra Cidade Industrial (Contagem - das abóboras)...

Mas pior mesmo é zé que tenta dar uma de João-sem-braço (jogando suas tralhas na cara do homem de sorte que está sentado na sua frente) na tentativa por sensibilizar o companheiro e aliviar o peso desse tanto de trem (que coloca a prova o bom equilíbrio de qualquer bom cidadão). Mas quem é velho de praça sabe bem que não existe isso de ter "dó" (ô dó do cê), é sangue no olho cumpadi! Animais usuários de transporte coletivo estão no topo da carnificina, mas de vez enquanto (bem de vez em nunca) alguns espécimes tem um súbito acesso de bondade.


Mas o que mata mesmo é quando o meliante (e aqui entende-se Zé-sem-noção) que abusa de má fé ao tentar se aproveitar dos demais passageiros. Como o homem que vê uma mulher sentada, e como se não bastasse ficar de tocaia esperando o lugar dela, se joga, quase deslocando o quadril, na tentativa de uma estranha ilusão de sexo oral embrulhado pra presente. E isso é revoltante, parece que o bom senso desse ser já o abandonou (ou por falta de uso ou por vergonha de pertencer a um animal assim). O mesmo vale para marmanjo que passa relando tudo o que pode - aonde consegue alcançar, nos demais passageiros. E aí eu já ouvi todo tipo de desabafo.

No caso mais extremo, uma mulher indo para o trabalho ao descer notou a roupa manchada, adivinha de que! Pois é... imagine a humilhação e desespero dessa pessoa. Que se sentindo violada só conseguiu voltar pra casa.

Nós mulheres evitamos a todo custo encostar peitos, quadril em quem quer seja (acredite: mesmo as periguetes! O.o), mais que por respeito próprio, por respeito coletivo – ao próximo (já com nossas bolsas podemos arrancar braços, pernas e rostos sem pestanejar – É sangue no olho!!). Claro que há casos onde não há como evitar o contato físico, afinal quando se está em uma lata de sardinha o jeito é se apertar.

Tenho respeito por aqueles homens de caráter que quase quebram a coluna ao passar evitando contato com a mulher que está no corredor, independentemente do tamanho do seu manequim (e aqui lê-se peitão e bundão). 

Quem nunca?

E deixo também meus singelos desejos: para o tarado - uma cotuvelada certeira no alvo certo; para o educado - um sorriso simpático; para a tia tagarela - discernimento para escolher as vítimas certas; para o estudante mochileiro - mais ‘de nada’ após oferecer suas desculpas; para o cara com o jornal de 25 centavos - pergunte se pode antes de virar a página; para o trocador - ‘bom dia’ e dinheiro trocado e para o seu Motô - A gente não é porco não!!

Pra quem tem desejo de vingança para os tarados o CQC ajuda: 


--- Tem uma história cômica ou inusitada de sua sobrevivência na conquista do coletivo? Conte-me!

quinta-feira, 9 de janeiro de 2014

Correndo à frente para conquistar os sonhos

Esse blog começou com a iniciativa de contar as peripécias de um jornalista recém formada que resolveu abandonar tudo pra estudar medicina no Paraguai. Dessa forma família e amigos poderiam ser periodicamente atualizados de como estavam as coisas.

Mas no final das contas por aqui já passou desabafo, informação científica e até posicionamento político, o blog virou um pedacinho de mim, cheio de opiniões e onde continuo a praticar uma das coisas que mais gosto: a escrita.


Pra quem não acompanha a história toda e até para quem acompanha eu vou fazer aqui um breve resumo do que me motivou a mudar minha vida tão radicalmente

O sonho de todo estudante de ensino superior é formar logo e começar a trabalhar na área. O meu também era, queria ser jornalista internacional, pra ser exata queria fazer cobertura de guerra. Mas descobri que pra isso você tem que ter berço... aprender todas as línguas do mundo e investir em pós e cursos. Logo... pra mim impossível!

Meu sonho na verdade sempre foi medicina, mas nunca tive apoio... na verdade quando estava no ensino médio falei com a minha mãe: “já sei, vou fazer medicina”, e ela: “você não passa”. Claro que ela não lembra disso, mas ficou gravado no meu subconsciente e eu sempre me senti abaixo da capacidade para tal coisa.

Já durante o curso de jornalismo eu tinha vontade de largar tudo e me dedicar a estudar para medicina, mas nunca tive coragem de jogar fora todo o dinheiro que meu pai investiu em mim na faculdade, portanto preferi formar.


Eu tentei... trabalhei na área e só me decepcionei. É tanta gente que não presta... e tanta marmelada que isso só me fez desacreditar na profissão. Descobri que o jornalista não é aquele que fala e expõe a verdade como é, e sim a ‘verdade’ como alguns poucos acham que deve ser. A ideologia da profissão é linda, mas a prática no Brasil (possivelmente na maior parte do mundo) não é tão motivadora assim. No fim você acaba trabalhando até o osso por um salário medíocre (o piso não chega a 2 mil reais, se tiver sorte de receber o piso), para apenas cumprir ordens e mascarar a verdade para o ponto de vista de quem está pagando mais.

E por essas e tantas outras coisas decidi usar o jornalismo pra mim, sem me submeter a hipocrisia da burguesia. E portanto sem salário.

Logo após formada fui para o Mato Grosso do Sul para o noivado da minha prima Laura e eis que a irmã dela (já formada em odontologia pela UFMG) estava se preparando a um ano pra ir na cara e coragem para o Paraguai estudar medicina e ela disse “Porque você não vem também?”. Consegui o dinheiro da matrícula (R$ 550,00), vendi meu computador que estava em casa e fui.


Minha primeira moradia foi mais pra dentro do Paraguai, em Pedro Juan Caballeiro, que mais tarde descobri ser uns dos bairros mais perigosos da cidade. Eu morava num kitnet cheio de goteiras, mas sozinha. Almoçava no Brasil, pois não tinha nem geladeira, nem fogão. E ficava a maioria dos dias (estava em época de chuva) sozinha em casa lendo. Em um país diferente, com línguas diferentes (lá se fala o espanhol e o guaraní) e pessoas estranhas, nunca tive tanto tempo pra mim mesma! Quando as aulas começaram foi um alívio, afinal eu precisava me interagir.

Logo fiz amizades e consegui alguém para morar junto. Conseguimos um apartamento no Brasil. Foi aí que eu aprendi o quanto é difícil conviver com outras pessoas, cheia de hábitos que você desconhece e nem todos te agrada. Uma das minhas companheiras de ‘república’ não sabia lavar um copo pra se ter ideia. A outra era fanática por limpeza... ou seja, estava rodeada de extremos.

Fui com a intenção de conseguir um emprego como jornalista e me bancar, mas não consegui, a faculdade não tinha horários regulares, o que me atrapalhava de fazer um horário certo de trabalho. Por fim a situação ficou muito difícil e foi quando decidi que o melhor era voltar.


Com os poucos meses de convívio com a medicina percebi que é aquilo que eu quero pra minha vida, não tenho dúvidas. Eu nasci pra fazer isso. Mas eu quero ser médica no meu país, formada em solo brasileiro, em uma das melhores faculdades do mundo! É fácil (se comparado ao Brasil) pagar R$ 600,00 por mês e ter um custo total de vida de R$ 1.000 por mês e em 6 anos me formar médica. Mas a revalidação do diploma e os professores por melhores que sejam deixam a desejar, a faculdade deixa a desejar.

Então voltei em 2011 e comecei a estudar por conta própria. Foi nessa época que tive uma péssima experiência no jornalismo, onde trabalhei e até hoje não recebi. 2012 eu também estudei por conta própria e fiz o Enem... minha nota foi ridícula (600,00), mas eu até fiquei feliz... tinha 7 anos que não via matéria de ensino médio.

Em 2013 resolvi pedir ajuda ao meu pai pelo menos pro cursinho e ele aceitou. E fiquei realmente satisfeita com meu desempenho no Enem: 720,00 em média, sendo que na redação eu tirei 900.00! Ainda não deu pra medicina, mas eu sou perseverante e ano que vem é a minha vez. Felizmente meu pai ainda não desistiu de mim e continua a me ajudar nos estudos.

O melhor é ver que sim, se eu quisesse esse ano estava dentro da UFMG, estudando qualquer um dos cursos ótimos no qual minha nota passa, mas nenhum deles ainda é o meu. Nesse último ano aprendi minhas fraquezas e onde me destaco, então nesse ano sei como devo fazer: aprimorar minhas qualidades e trabalhar nas minhas falhas e fraquezas.



E nessa história tem as pessoas... As que verdadeiramente acreditam em você (quase nenhuma), as que sabem melhor que todo mundo como se passar em medicina e são cheias de ‘ótimo’ conselhos para te dar (detalhe que essas nunca passaram nem em biblioteconomia na federal), os com o sorriso falso que dizem achar ótimo, mas que no fundo não acreditam nunca que você é capaz... Os que falam que você não combina com esse curso, pois te conhecem melhor; os que falam que se sua nota der vc deve ir pra qualquer lugar AM, AC etc...

E se você não acredita no seu potencial essas pessoas te afetam e provavelmente te jogam no chão. As vezes dá até vontade de falar que está estudando pra outro curso... por preguiça dessas conversas. Perceber que nem sua mãe é amiga nesse momento dói, mas aí você percebe também que isso não importa: é você contra você mesmo! Claro que tem aqueles que de verdade te ajudam e acreditam em você (os raros), e eles são os que ajudam a fortalecer essa certeza. A certeza de que você está no caminho certo, que Deus está intercedendo por você, que é assim que é pra ser... basta você acreditar e lutar por si mesmo!


Sobre esse assunto eu volto ano que vem... com a alegria da aprovação na UFMG! E cheia de ‘verdadeiros’ amigos que SEMPRE souberam que eu ia passar! Kkkkkkkk

E agora uma música motivadora que fala muito sobre isso!

ROAR - Katy Perry

I used to bite my tongue and hold my breath
Eu costumava morder minha língua e prender minha respiração
Scared to rock the boat and make a mess
Tinha medo de virar o barco e fazer uma bagunça
So I sat quietly, agree politely
Então eu sentava quieta, concordava educadamente
I guess that I forgot I had a choice
Acho que esqueci que eu tinha uma escolha
I let you push me past the breaking point
Deixei você me empurrar além do limite
I stood for nothing, so I fell for everything
Não me levantava para nada, então eu caía por tudo
You held me down, but I got up
Você não me deixava levantar, mas me levantei
Already brushing off the dust
Já tirando a poeira
You hear my voice, you hear that sound
Você ouve minha voz, você ouve aquele barulho
Like thunder, gonna shake the ground
Como um raio, vou fazer o seu chão tremer
You held me down, but I got up
Você não me deixava levantar, mas me levantei
Get ready, ‘cause I've had enough
Prepare-se, porque já cansei
I see it all, I see it now
Eu vejo tudo, eu vejo agora
I got the eye of the tiger, a fighter
Eu tenho o olho do tigre, uma lutadora
Dancing through the fire
Dançando no fogo
'Cause I am a Champion
Porque sou uma campeã
And you're gonna hear me roar
E você vai me ouvir rugir
Louder, louder than a lion
Mais alto, mais alto do que um leão
‘Cause I am a champion
Porque sou uma campeã
And you're gonna hear me roar
E você vai me ouvir rugir

Oh, oh, oh, oh, oh, oh

You're gonna hear me roar
Você vai me ouvir rugir
Now I'm floating like a butterfly
Agora flutuo como uma borboleta
Stinging like a bee, I earned my stripes
Pico como uma abelha, ganhei minhas medalhas
I went from zero, to my own hero
Comecei do zero, para me tornar minha própria heroína
You held me down, but I got up
Você não me deixava levantar, mas me levantei
Already brushing off the dust
Já tirando a poeira
You hear my voice, your hear that sound
Você ouve minha voz, você ouve aquele barulho
Like thunder, gonna shake your ground
Como um raio, vou fazer o seu chão tremer
You held me down, but I got up
Você me derrubou, mas me levantei
Get ready, 'cause I've had enough
Prepare-se, porque já cansei
I see it all, I see it now
Eu vejo tudo, eu vejo agora
I got the eye of the tiger, a fighter, dancing through the fire
Eu tenho o olho do tigre, uma lutadora, dançando no fogo
'Cause I am a champion,
Porque sou uma campeã
And you're gonna hear me roar 
E você vai me ouvir rugir
Louder, louder than a lion
Mais alto, mais alto do que um leão
'Cause I am a champion
Porque sou uma campeã
And you're gonna hear me roar
E você vai me ouvir rugir

Oh, oh, oh, oh, oh, oh

You're gonna hear me roar
Você vai me ouvir rugir
Oh, oh, oh, oh, oh, oh
You're gonna hear me roar
Você vai me ouvir rugir
Roar-or, roar-or, roar-or

I got the eye of the tiger, a fighter, dancing through the fire
Eu tenho o olho do tigre, uma lutadora, dançando no fogo
'Cause I am a champion,
Porque sou uma campeã
And you're gonna hear me roar
E você vai me ouvir rugir
Louder, louder than a lion
Mais alto, mais alto do que um leão
'Cause I am a champion,
Porque sou uma campeã
And you're gonna hear me roar
E você vai me ouvir rugir

Oh, oh, oh, oh, oh, oh
You're gonna hear me roar
Você vai me ouvir rugir
Oh, oh, oh, oh, oh, oh
You're gonna hear me roar
Você vai me ouvir rugir

domingo, 6 de outubro de 2013

Crônica da vida introspectiva de um book da sociedade sem social

Vanessa Arruda
 
Uns nascem, outros morrem; uns acreditam que vão mudar o mundo, outros querem explodir o universo; alguns socializam com seus próprios umbigos; enquanto outros acham que um clique tem poder filantrópico.

Tantos aniversários, muita hipocrisia, pouca sinceridade, desejo por nenhuma privacidade. Outras vezes a controvérsia de impor limites e sigilo a uma versão pública da vida privada.

Espelhos e banheiros nunca foram tão populares. Biquinhos perderam seu charme e os seios que antes eram sensuais agora buscam a liberdade de expressão sem apertado monólogo. Enquanto isso os músculos ganham por quilômetros de vantagem do, muitas vezes último colocado, intelecto.

Sofrimento, desilusão e dor são sentimentos superestimados, inversamente proporcional a idade das vítimas, proporcional à nenhuma realidade em sentí-los.

O que manipula em pedir curtidas ou o que é tendencioso ao exigir compartilhamentos são os mesmos, que através de frases feitas e clichês, tentam ganhar alguma notoriedade, sem contribuir ou agregar conhecimento nem aprendizagem.

O que é popular e o que de fato é interessante quase nunca andam juntos e mesmo quando tentam parceria acabam desvirtuados de seu propósito. É uma preocupação maciça com o ‘como ser visto’, que acaba-se por perder o sentido da visão.

A autocrítica é uma utopia em um mundo onde o critério é julgar e o geocentrismo é a religião certa. Mas lembre-se que é indispensável ser #fashion e é o sustenido que marca a #BolaDaVez.

Fobia de ser só um mestiço ‘Zé Ninguém’, quando na verdade o medo deveria ser de quando o ‘social media’ vira vida e a vida social só existe sem a associação com dois ou mais participantes.

Mas eu sou só mais um e não é meu desejo desmerecer a vida do controle social moderno, mesmo quando esse tal de Controle se assemelha a mais uma ideononlogia. Pelo contrário: dou like, eu share, add um comentário e ainda solicito inbox para que meus queridos candy-friends façam o mesmo.

Não serei eu que irá mudar o rumo das coisas como elas são, e longe de mim tamanha responsabilidade... afinal é a diversidade que torna esse picadero cheio de atrações tão mais interessantes. E na minha mente lembro até do slogan: "Esquadrão Voador do Circo Benzini, O maior espetáculo da Terra"
 
 
Ei pessoal! To sumida, sei bem, mas tô aqui de volta e vou tentar (mais uma vez) ser frequente nessa casa. Segue um vídeo perfeito, um comercial tailandês sobre um ladrão:


E como agregar bom conhecimento nunca é demais, deixo mais uma crônica, do Fernando Sabino. Perfeita a meu ver (um dia chego lá)! =)

A última crônica 
Fernando Sabino

A caminho de casa, entro num botequim da Gávea para tomar um café junto ao balcão. Na realidade estou adiando o momento de escrever. A perspectiva me assusta. Gostaria de estar inspirado, de coroar com êxito mais um ano nesta busca do pitoresco ou do irrisório no cotidiano de cada um. Eu pretendia apenas recolher da vida diária algo de seu disperso conteúdo humano, fruto da convivência, que a faz mais digna de ser vivida. Visava ao circunstancial, ao episódico. Nesta perseguição do acidental, quer num flagrante de esquina, quer nas palavras de uma criança ou num acidente doméstico, torno-me simples espectador e perco a noção do essencial. Sem mais nada para contar, curvo a cabeça e tomo meu café, enquanto o verso do poeta se repete na lembrança: "assim eu quereria o meu último poema". Não sou poeta e estou sem assunto. Lanço então um último olhar fora de mim, onde vivem os assuntos que merecem uma crônica.

Ao fundo do botequim um casal de pretos acaba de sentar-se, numa das últimas mesas de mármore ao longo da parede de espelhos. A compostura da humildade, na contenção de gestos e palavras, deixa-se acrescentar pela presença de uma negrinha de seus três anos, laço na cabeça, toda arrumadinha no vestido pobre, que se instalou também à mesa: mal ousa balançar as perninhas curtas ou correr os olhos grandes de curiosidade ao redor. Três seres esquivos que compõem em torno à mesa a instituição tradicional da família, célula da sociedade. Vejo, porém, que se preparam para algo mais que matar a fome.

Passo a observá-los. O pai, depois de contar o dinheiro que discretamente retirou do bolso, aborda o garçom, inclinando-se para trás na cadeira, e aponta no balcão um pedaço de bolo sob a redoma. A mãe limita-se a ficar olhando imóvel, vagamente ansiosa, como se aguardasse a aprovação do garçom. Este ouve, concentrado, o pedido do homem e depois se afasta para atendê-lo. A mulher suspira, olhando para os lados, a reassegurar-se da naturalidade de sua presença ali. A meu lado o garçom encaminha a ordem do freguês.

O homem atrás do balcão apanha a porção do bolo com a mão, larga-o no pratinho - um bolo simples, amarelo-escuro, apenas uma pequena fatia triangular. A negrinha, contida na sua expectativa, olha a garrafa de Coca-Cola e o pratinho que o garçom deixou à sua frente. Por que não começa a comer? Vejo que os três, pai, mãe e filha, obedecem em torno à mesa um discreto ritual. A mãe remexe na bolsa de plástico preto e brilhante, retira qualquer coisa. O pai se mune de uma caixa de fósforos, e espera. A filha aguarda também, atenta como um animalzinho. Ninguém mais os observa além de mim.

São três velinhas brancas, minúsculas, que a mãe espeta caprichosamente na fatia do bolo. E enquanto ela serve a Coca-Cola, o pai risca o fósforo e acende as velas. Como a um gesto ensaiado, a menininha repousa o queixo no mármore e sopra com força, apagando as chamas. Imediatamente põe-se a bater palmas, muito compenetrada, cantando num balbucio, a que os pais se juntam, discretos: "Parabéns pra você, parabéns pra você..." Depois a mãe recolhe as velas, torna a guardá-las na bolsa. A negrinha agarra finalmente o bolo com as duas mãos sôfregas e põe-se a comê-lo. A mulher está olhando para ela com ternura - ajeita-lhe a fitinha no cabelo crespo, limpa o farelo de bolo que lhe cai ao colo. O pai corre os olhos pelo botequim, satisfeito, como a se convencer intimamente do sucesso da celebração. Dá comigo de súbito, a observá-lo, nossos olhos se encontram, ele se perturba, constrangido - vacila, ameaça abaixar a cabeça, mas acaba sustentando o olhar e enfim se abre num sorriso.

Assim eu quereria minha última crônica: que fosse pura como esse sorriso.

segunda-feira, 29 de julho de 2013

7 verdades feminas reveladas!


Esse post ia ser sobre mulher como torcedora e apaixonada por futebol... mas uma coisa leva a outra e cheguei a conclusão que o buraco é mais embaixo. São vários temas envolvendo o nosso ‘sexo frágil’ com um QUE de incoerência e fantasia que existem por aí e hoje vou tentar desmistificar aqui alguns deles! 


A muitos anos atrás a mulher cuidava dos afazeres domésticos e da limpeza das sua aconchegante caverna enquanto o macho man ia se arriscar a perder a vida na caça de alimento e proteção para a família. Então uma serpente-cacheiro-viajante a pareceu na residência dessa mulher e mostrou pra ela seu novo produto: o alto e brilhante salto-alto! A donzela da residência achou aquilo lindo e resolveu aprender a usar. O homem quando voltou pra casa achou ridículo e só ria da mulher. Mas ela, destemida e com o neném agarrado na teta limpava os peixes, arrumava a casa, servia o marido etc... tudo sem jamais descer do salto.

Caso é que até hoje (e estamos no século XXI) os homens acham que as mulheres são menos capazes que eles próprios em muitos aspectos, mas o pior é que muitas mulheres concordam com isso. A sociedade formou um estereótipo de mulher de tantas formas surreal que é difícil acreditar que tem tanta gente que ainda se prende a ele!

Então hoje eu estou aqui, como cidadã, como mulher e jornalista para cumprir meu papel em desvendar alguns mitos ridículos que espalham por aí sobre nós!

1) Futebol: Da onde sai essa que mulher não entende futebol? Que mulher não pode gostar de futebol e que se gosta não gosta igual homem?

Entendam... nosso cérebro consegue ter várias prioridades e atribuir valores distintos a todas elas (mesmo sendo prioridade). Vocês também? Então me fale 5 tons de púrpura*!

(...)

ok... espero você pesquisar no Google!

Assim como os peludos, muitas mulheres adoram futebol e acredite se puder: sabemos e entendemos futebol! Podemos não saber de cor todas as regras de impedimento, mas isso não nos faz menos capazes. Ser viciado e retardo por futebol é uma coisa, saber apreciar e gostar de um jogo é outra totalmente diferente. Claro que tem sempre mulheres E HOMENS que não gostam e nem tem interesse por esse esporte, assim como aqueles que não sabem o que dizem (Deus os perdoe por isso). Outros que viram enciclopédia/comentarista só quando o time tá em boa fase... e por aí vai.

Então pare com esse 'pré-conceito' sem nenhum fundamento de que mulher não sabe o que está dizendo e tenha humildade para reconhecer que ela muitas vezes faz sentido. Melhor que ter uma mulher implicando por você assistir futebol com a galera é ter alguém que entende o seu lado e mesmo torcendo pro seu rival assiste o jogo com você.

DICA: Um homem que respeita sua mulher no futebol (entenda ela ou não da coisa) é um homem que ganha os acréscimos após o tempo regulamentar da partida! (se é que me entendem ;] ) 

*Leitura complementar: Era uma vez em Belo Horizonte

2) Vídeo Games: Mulher que gosta de video game é rara e das que existem 99% são feias e desdentadas?! De onde vem isso? Porque eu realmente não sei!


Se você não tem amigas/colegas que gostam de vídeo games, acho que você precisa urgente de novos amigos! Gostar de jogar não depende de beleza... Prova disso é que somos muitas, lindas e, se deixar viciadas em jogos de ação, sanguinários, RPG etc!

Tudo bem que a gente não costuma ter muita paciência pra decorar 234 sequências de 15 movimentos seguidos para lançar um especial e preferimos apertar todas as teclas desordenadamente e que é TOTALMENTE necessário se movimentar junto com a manete conforme o seu personagem e a emoção exigida pelo momento... mas o importante é que mesmo assim a gente ganha muitas vezes, se não todas as vezes!

Então, sim: as mulheres perfeitas existem (se o que as definem é o gosto por vídeo games) aos montes por aí! A diferença é que não costumamos andar em grupos e nosso fraco SEMPRE será jogos de futebol!

DICA: Mas quero ver quem não vai gostar de jogar Strip Mortal Kombat, perder e mesmo assim sair ganhando!

3) Cerveja: O título é cerveja, mas vale todo tipo de bebida. Beber é coisa de macho? Só sei que tem muito ‘macho’ de salto alto dando inveja em outros tantos marmajos por aí.


Mulher deve se comportar e não beber muito, preferencialmente nem beber”... esse é o tipo de pensamento que me revolta! Só porque sou mulher é deselegante beber? Deselegante é encher a fuça e andar tropeçando no próprio bafo e ainda achar que é muito homem enquanto nós, mulheres bohemias, bebemos mais e chegamos em casa de salto e com ele inteiro! Muita mulher aí dá show em questão de moderação e paladar pra bebida. Consegue degustar, sabe seu limite e bebe pra descontrair e não pra entrar em coma!

O que é melhor: sua mulher te ligando toda hora pra saber se você já saiu do bar e ficar de cara fechada porque saiu com os amigos ou uma que te acompanhe, participe da festa e que mate seus amigos (e inimigos) de inveja? *Eles podem até criticá-la, mas é certeza que morrem de inveja por não terem uma mulher companheira e divertida como a sua.

DICA: Cada um bebe por seus motivos... e claro que pra todo lado tem quem não saiba se controlar e mulher barraqueira que não perde a oportunidade de descer do salto! Mas parou com esse pensamento machista e ridículo de que lugar de mulher é em casa tomando chá! (só se for de cogumelos ou lírios...)

4) Chegar no cara: Já passamos da época do cavalheirismo exacerbado, mas manter alguns costumes não faz mal!

 
Nós podemos e devemos chegar no cara sim... mas preferiríamos não ter de fazer. Homem que não chega na mulher é homi sem atitude! E se não tem atitude pra mostrar seu interesse logo de cara... a tendência é piorar!

Agora cara sem noção ninguém aguenta! Tem que saber chegar sem ser idiota ou vulgar, tem que ter respeito, inclusive e principalmente se levar um não.

DICA: Um detalhe importante é na hora ser brasileiro (e não desistir jamais) ter um limite, suas chances diminuem vertiginosamente a cada abordagem insistente!

5) Sexo: Aqui vou entrar em dois tópicos

-No primeiro encontro: Mulher gosta tanto de sexo quanto homem, em alguns casos até mais. Nossos hormônios não costumam nos controlar, mas quando controlam não tem nada de errado nisso. Se você gostou da pessoa, teve uma ‘química’ envolvente por que diabos tem que se segurar? Isso torna a mulher fácil ou puta? Nunca! Ceder a vontade não muda a índole de ninguém.

ah... mas se ela deu pra mim de primeira deu pra todos... ela é fácil, não rola de confiar”... Ai que tá o engano: mulher escolhe! E meu caro amigo se ela foi ao infito e além com você de primeira é porque te escolheu, viu e sentiu algo em você (que eu também não entendo) que valeu a pena deixar rolar! E saiba que na maioria dos primeiros encontros isso não acontece, na verdade em 98% dos casos nós escolhemos sair fora e rápido.

A seletiva começa pelo início, sacou? No jeito de olhar, no de tratar, na abordagem, no beijo, na pagada, no papo e claro: o sexo também é eliminatório! Se não agradar não terá outra oportunidade! (*ai eu me pergunto: e os que casam sem nunca transar? Imagina se depois de tudo, aliança no dedo, prestação de apartamento etc simplesmente não funciona, não há encaixe, entrosamento... ai fudeu! #MomentoDesabafo)

"Homem pode enfiar o lolipop em tudo que é buraco por aí e a gente tem que se guardar pro casamento, certo?!" Nunca será! Se entregar a alguém é algo muito pessoal, intimo e difícil... Mulher não deixa de ser princesa por ser bem resolvida e deixar as barreiras abaixarem pra alguém. Na verdade isso a faz corajosa!

DICA: Aprendam a valorizar uma mulher por quem ela é e pelo que faz ao invés de julgá-la pelo seu senso-rídiculo-e-pequeno-comum.

-Puritanismo: sexo bonitinho é lindo!! Beijinho, abraço, carinho, palavras doces etc... mas sexo selvagem tem seu lugar de destaque também. E quem você é na cama não reflete quem você é fora dela. Falar abertamente e gostar de uma pegada forte não tornam ninguém menos nobre, nos tornam únicas.
 *Se você não leu ainda A Verdade Nua e Crua leia urgente!!

DICA: Quer puritanismo: vire padre ou freira!

6) Quem manda nessa porra sou eu! Minha opinião sincera é que se alguma das partes pensa assim o fracasso é algo certo e não muito distante!


Nós não queremos mandar e muito menos sermos mandadas. Tem que haver equilíbrio! Quando uma mulher deixa alguma decisão por conta do homem é porque ela está testando a atitude dele de liderança. Mulher gosta de se sentir protegida e segura e homem pau mandado não passa nenhuma, nem outra coisa. Ao mesmo tempo mandar por mandar não vai dar certo!

Vestido vermelho ou preto?” “Preto!” “Ok, vou com o vermelho– Não adianta escolher, precisa explicar o porquê... sei que é um saco, mas resposta automática e vaga não cola, no máximo irrita! Se eu perguntei é porque quero saber!

DICA: muito cuidado com a FORMA como vai explicar a decisão! Kkkk... E nem tente “Você que sabe!”, essa dá morte e com justificativa!

7) Menstruação: É um saco (e muitas vezes um alívio), mas o pior não é o mar vermelho e sim as cólicas, dores no corpo, de cabeça... aff!

 
Tem todo mês e até hoje não se acostumou? a esse pensamento um: VÁ TOMAR SUCO DO ORIFÍCIO ANAL! Cada mês é um mês... cada vez é única e cada mulher tem um metabolismo diferente! Tem vezes que é absurda, outras tranquilíssima. Não é drama nosso (na maioria dos casos)... Conheço quem desmaia de dor e tem que tomar Buscopan intra venoso para conseguir sobreviver.

Se homem já faz um drama quando pega uma gripe, imagina sentir dores absurdas dias inteiros, se preocupar com o absorvente não vazar e não marcar e ainda sim tem que ficar sorrindo?

DICA: Nessa época carinho e atenção redobrados são questão de sobrevivência!
---

Vejo muito gente feminista lutando por direitos iguais, a muitos anos essa é uma luta justa e necessária. Mas não confunda direitos iguais com sermos iguais. Somos diferentes, temos nossas limitações e nossos lados excepcionais.

Abrir pote de azeitona, tirar a rolha do vinho e carregar armário... sim, podemos fazer, mas não é prático! Passar protetor solar, não mijar fora do vaso sanitário, estender a toalha ou limpar os pés antes de entrar em casa... os homens poderiam fazer, mas para eles não é prático! 


Cada um tem seu lugar... lutar por um mundo mais justo para as mulheres: sempre! Reconhecer nossos pontos fracos: urgente! A linha entre o feminismo e a falta de coerência é tênue, mas precisa ser respeitada por todos os lados! Equilíbrio e bom senso são as palavras de ordem que jamais podem faltar a nenhum dos partidos envolvidos!

DICA: Nós somos lindas como somos e devemos sempre valorizar isso. Assumir a própria beleza e corpo são pontos chaves para uma vida mais harmoniosa. E homem que incentiva e não puxa pro buraco ganha acréscimos, prorrogação e até pênaltis!

**Pra quem acha que lugar de mulher é no fogão: que tal contar pra elas?



*Pra constar a cor PÚRPURA é roxo!

quinta-feira, 27 de junho de 2013

Um cale-se de vinho tinto de sangue numa taça de cristal

No inicio das manifestações eu me orgulhei do posicionamento da polícia mineira, você via muita policia apenas acompanhando as manifestações e até prestando auxílio a população. Esse cenário mudou. Mas o cenário que você vê depende de como você acompanha e aí entra outra questão: a mídia.

Durante todo meu curso de jornalismo muitas vezes me auto questionei sobre o papel do jornalista e se era realmente aquilo que queria para minha vida. Eu acho uma profissão super honrável e fundamental na sociedade, quando bem exercida. Meu questionamento no entanto sempre foi quanto ao ser jornalista e trabalhar como jornalista. Jornalista também é gente, tem contas e família, precisa trabalhar! O problema é quando empresas que assumem o jornalismo como linha de trabalho mancham essa profissão com uma “linha editorial” que fere o papel do agente social que está (ou deveria estar) em defesa da verdade.

Desde o inicio do movimento já vimos várias facetas da mídia na cobertura dos eventos: em ignorar, reprimir, enobrecer, tentar controlar, condenar etc. Vemos os jornalistas dizendo “uma manifestação pacífica e linda” ao mesmo tempo que passam imagens de agressão e vandalismo... ham? Se isso não é ser bipolar (pra não falar POLIpolar nada mais no mundo é!).

O blogueiro e jornalista Miro Borges fez uma ótima resenha do papel da mídia nos últimos eventos, o vídeo é do dia 22 de junho, mas ainda super verdadeiro e atual. Vale assistir!

Nesta quarta, 26 de junho, eu sai em passeata e o que vi vai contra o que a mídia exibiu. Ao chegar na praça Sete de Setembro vi uma mistura de tudo: crianças, idosos, jovem, sindicalistas, policia civil (que estão em greve e apoiam o movimento), minorias e maiorias... tudo! Gente como a gente, em festa, em clima de comoção, de revolução pautada pela pacificidade e sorrisos... gente que acredita e luta por um país melhor. Tinham os que aproveitaram a ocasião pra faturar uns trocados (vendedores ambulantes) e outros que no meio de todas as portas fechadas viu a oportunidade de faturamento: McDonalds (não me leve a mal... sou alucinada num BigMac!).

McDonalds abre suas portas para manifestantes

De forma democrática decidimos ir marchando até a av. Antônio Carlos, próximo ao Mineirão (onde aconteceria o jogo entre Brasil e Uruguai). No meio do caminho não tinham pedras, tinha milhares de ‘gente’ brotando, aquele grupo simples da praça Sete se tornou milhares e haviam pessoas em caminhada além de aonde a vista alcançava (mas como sou míope não alcanço muito longe! kkkk). Estimaram 250 mil pessoas, a mídia diz 50 mil, eu não acredito em menos de 70 mil. Era muita gente, muita gente mesmo gente (kkkk)!!!

Subimos ladeira cantando, ouvindo Cazuza, dando gritos de ‘ordem’ (como a mídia diz)... e em todo caminho tinham moradores nas janelas, com cartazes e prestando ajuda as pessoas da manifestação.

Morador da Av. Antônio Carlos oferece água aos manifestantes

Mas o povo fica intimidado, é muita mídia dizendo “fica em casa, vai ser bagunça”; “é só violência e baderneiro”. Pessoas que querem, mas tem medo de participar e lutar por um Brasil mais igualitário. Muitas dessas pessoas acabam preferindo reclamar de pequenas coisas: de quem está na rua, do transtorno (como se todo dia não tivesse trânsito ruim e atrasos de ônibus todos os dias). 


*Eu amo o conceito de ser jornalista, meu sonho era ir fazer cobertura de guerra. Agir em prol da cidadania, da humanidade, ser deveras o 4º poder público: o poder que defende e informa a sociedade. Acho que por isso eu sou tão desmotivada com a minha profissão, por não poder ser realmente jornalista, por saber que trabalhar com jornalismo é defender a opinião e ‘ideologia’ de uma empresa ou órgão. #Desabafo kkkk

Foram de 12 a 13km de marcha no final das contas (ai minhas pernas, pé... ui!!)

Quando estávamos na altura da avenida Sta Rosa meu cunhado e eu nos debandamos, depois de mais de 11km de caminhada aquele era nosso fim. Ainda sim, andamos até o parque Guanabara, onde minha irmã lindona (só que não... ô maldade) buscou a gente de carro.

Vozes do além dizem que foi por aí que começou a baderna. Vimos mais de 10 carros da 'Força Dilma' indo em direção a manifestação e percebemos que o roteiro programado não aconteceu, logo presumimos que houve problema. Li na cobertura do BH nas Ruas que o pessoal que estava com a gente tentou voltar para o centro da cidade através de caminhos dentro dos bairros, mas foram intimidados pela polícia. 


Na praça Sete eu vi (não, ninguém me contou!) policial INFILTRADO (depois infiltrados são os bandidos), o cara com roupa verde clara, fone de ouvido, tipico de walk-tokie, com rosto pintado, tentando esconder o fone com a bandeira do Brasil, que estava segurando. Ai o povo diz que a baderna começa a partir de policiais infiltrados e como você duvida? A policia tratando manifestação e paseata como guerra prova que ela não tem tato e treinamento para lidar com sua população.

Aposto que se você perguntar a um PM quem ele deve proteger é capaz de ouvir respostas como: os prédios, a cidade, os burocratas... mas a populção? Eles não medem esforços para sentar a mão. Que fique claro que sou contra todo ato de violência, pixação mesmo que palavras bonitas e felizes em patrimônio público é vandalismo!! Depredar concesonária, roubar... nada justifica! 

Concessionária com vidraças trincadas

Nada justifica o vandalismo, mas a polícia militar não tem tato com a população e não tem estratégia tática para lidar com situações de caos. E isso é ERRADO! Ai você questiona o treinamento que é dado aos nossos policiais. Eu conheço um policial, ele me contou que no treinamento (a PMMG é treinada aproximadamente durante 10 meses) que “não tem que dar mole pra marginal mesmo não, se você trata com alguma simpatia eles abusam. Polícia tem que mostrar quem é que manda!”. Ai se um cara, amigo seu, com uma cabeça boa, que está em treinamento para atuar como policial militar te diz isso... quais suas conclusões?

Os pilares de uma sociedade são pilares não é atoa. O que sustenta uma sociedade? Saúde, educação, alimentação e segurança pública! Se é pilar não tem como “ignorar”, se você tirar um dos sustentos principais de um prédio ele dessaba, simples assim! E “se ergues da Justiça a clava forte, verás que um filho teu não foge a luta”. Ou seja: enquanto houver injustiça lá estará o povo: na luta pela democracia! 


Utilizo do nosso brilhante hino para falar algo mais: PAZ NO FUTURO E GLÓRIA NO PASSADO! E se hoje lutamos e reinvidicamos é porque queremos paz para nossas crianças. Se eu luto hoje é porque acredito num amanhã melhor! PÁTRIA AMADA BRASIL!

*A mídia tem sido tendenciosa e inverídica. Quanto aos eventos da quarta feira (26/06) em BH informações foram calculadamente omitidas. A informação sobre a morte do jovem que caiu do viaduto saiu por volta das 19h da quarta-feira, mas apenas no dia seguinte foi passada pela mídia, porque? Para chocar! Estado e mídia se uniram para manipular informações. Na manhã de quinta-feira (27/06) o MGTV mostrou quase 10 minutos de violência, sem a mínima necessidade, sem comentar que só se falou de caos e violência em praticamente toda a edição. Todo o objetivo de um movimento em prol do nosso país, com mais de 5 horas de passeata pacífica e ordeira foi omitido pelo Governo e por essa vil Imprensa. E percebe-se claramente a falta de atuação da polícia enquanto deixava tudo acontecer, dava tempo para caos e desordem acontecer e tudo ser filmado pela Globo. Eu tava lá, eu vi mais do que policiais suficientes para acabar com a bagunça e coordenar a pacificidade. Por isso se você vê ou lê jornais desconfie de tudo, de tudo mesmo! Eles estão tentando te enganar, te encurralar, tentar fazer você ficar contra quem está lá de cara limpa lutando por um país melhor. 

Segue algumas fotos que mostram a cara de um movimento sério, que luta por um país melhor:

Durante o caminho um participante utiliza do seu dom para tornar a passeata mais agradável 

Praça Sete de Setembro, 26/06 - BH entre 12:00 e 13:00

Apenas a Rede Globo precisou esconder sua logo e profissionais

Helicóptero da polícia militar sobrevoa a Praça Sete

Cartaz que deixa claro que o objetivo é ORDEM e PROGRESSO

Mais um cartaz que deixa claro que aqui não é marchinha de carnaval

Voz de papel

Vendedor ambulante

Todos sentados, antes da passeata começar, fazendo votação do destino

Por uma mídia democrática

Manifestar é legítimo


Pátria amada Brasil

Faça sol, chuva ou ventania a nossa voz será ouvida

Moradores participam e incentivam passeata na Av. Antônio Carlos

O caos nunca morreu

Criatividade de mineiro é sem limites!

Uma multidão sem fim

Muita polícia em todo entorno do mineirão

'Força Dilma'

Grupo contra o Feliciano e sua cura

Ao contrário do que diz a mídia bandeiras de partidos foram respeitadas

 Meu cartaz... "Nós somos a Seleção, a rua é nosso campo e nosso gol é pro Brasil todo"

Grupos como MST estavam lá em grande número gritando pela reforma agrária

Grupo de rapel prestou apoio com escaladas em uma passarela na Av. Antônio Carlos

 

Blogger news

About

Conheça um pouco mais dessa lunática!